Efeito rebote: o que é, quais as causas e melhores tratamentos
Entenda o efeito rebote, uma reação que compromete a barreira protetora da pele, e descubra como minimizar sua ocorrência para manter a saúde da pele.
Se, ao invés de sua pele responder a um tratamento de forma eficaz, houve a piora dos sintomas, saiba que o uso dos produtos ou até mesmo os seus hábitos podem estar incorretos, gerando o "efeito rebote", também conhecido como "efeito boomerang", o qual pode ser tratado, mediante a orientação de um dermatologista.
O que é efeito rebote?
Também conhecido como "efeito boomerang", o efeito rebote refere-se ao ressurgimento ou intensificação de sintomas que estavam ausentes ou controlados durante o uso de um medicamento ou tratamento, após sua interrupção ou redução da dose.
Na pele, por exemplo, isso ocorre com o cuidado inadequado que pode romper a barreira natural de proteção cutânea, levando ao ressecamento e à estimulação das glândulas sebáceas para produzir mais oleosidade e, como consequência, acne e outros problemas dermatológicos.
Efeito rebote na pele
Sintomas do efeito rebote
Em resposta a mudanças repentinas ou extremas nos cuidados cutâneos, exposição ambiental ou estilo de vida, o efeito rebote pode se manifestar de diversas maneiras, com variação dependendo do tipo de pele e das causas subjacentes.
Os sintomas mais comuns incluem:
- Aumento na produção de óleo da pele, que pode resultar em uma aparência brilhante, especialmente na zona T (testa, nariz e queixo);
- Poros dilatados ou visíveis, especialmente ao redor do nariz, bochechas e queixo;
- Surgimento ou piora do quadro de acne;
- Sensação de queimação, coceira, descamação e sensibilidade ao toque, especialmente em resposta ao uso de produtos agressivos ou tratamentos intensivos.
Causas do efeito rebote
O efeito rebote na pele pode ser desencadeado por uma variedade de fatores e causas, como:
- Exposição inadequada ao sol, especialmente se o protetor solar não for usado ou reaplicado com frequência, o que pode ressecar a pele, levando a uma produção excessiva de óleo para compensar a perda de umidade;
- Excesso de limpeza da pele, especialmente com produtos adstringentes ou sabonetes fortes, que removem o óleo natural da pele, levando a uma produção excessiva de sebo para compensar a perda de umidade;
- Uso de produtos com ingredientes agressivos, como álcool, fragrâncias artificiais, parabenos, sulfatos, ácido salicílico, peróxido de benzoíla e componentes comedogênicos, que podem retirar os óleos naturais da pele, desequilibrando a barreira protetora cutânea e levando ao ressecamento, irritação e aumento da oleosidade como resposta compensatória;
- Excesso de produtos e procedimentos, especialmente aqueles com funções semelhantes, que podem sobrecarregar a pele;
- Uso excessivo de produtos hidratantes, que podem reduzir a produção natural de óleo da pele, levando à desidratação quando o produto é removido;
- Interrupção repentina de medicamentos como antidepressivos, corticoides tópicos ou antibiótico, que podem desequilibrar a produção de óleo da pele;
- Dietas ricas em alimentos processados, açúcares refinados ou gorduras saturadas, ou dietas muito restritivas, que podem aumentar a produção de sebo na pele;
- Estresse crônico que pode desencadear uma resposta hormonal no corpo e impactar a saúde da pele;
- Uso de medicamentos com efeitos colaterais dermatológicos.
Além das causas mencionadas acima, alguns fatores de risco podem aumentar a chance do efeito rebote, como a predisposição genética, o histórico pessoal de acne, dermatite, rosácea ou outras condições dermatológicas, e o tipo de pele, sendo oleosa, mista e sensível as mais propensas.
Efeito rebote de medicamentos
Quando interrompidos abruptamente ou usados de forma inadequada, diversos medicamentos podem causar o efeito rebote na pele, como corticosteroides tópicos, que podem desencadear vermelhidão, inflamação e sensibilidade cutânea; antibióticos tópicos, como a clindamicina ou a eritromicina, que podem levar ao aumento da acne; retinoides tópicos, como o tretinoína ou adapaleno, que podem causar uma piora temporária da acne e até mesmo descamação da pele; medicamentos para psoríase, como calcipotrieno e análogos de vitamina D, que podem resultar em um retorno dos sintomas da psoríase; e medicamentos para rosácea, que podem levar a um aumento da vermelhidão, inflamação e piora dos sintomas da rosácea.
Ácido que não da efeito rebote
Embora todos os ácidos tenham o objetivo de tratar a pele, oferecendo melhorias para determinadas condições dermatológicas, alguns possuem menor propensão ao efeito rebote, sendo eles:
- Ácido hialurônico: proporciona hidratação profunda, sem causar irritação ou sensibilidade;
- Ácido poliglutâmico: proporciona hidratação intensa e duradoura, retendo ainda mais água que o ácido hialurônico;
- Ácido lactobiônico: um polihidroxiácido (PHA) com propriedades esfoliantes suaves e hidratantes;
- Ácido azeláico: controla a produção de sebo na pele e reduz as inflamações;
- Ácido glicólico: renova a pele e aumenta a produção de colágeno;
- Ácido tranexâmico: clareador eficaz, usado para tratar manchas escuras e hiperpigmentação;
- Ácido ferúlico: combate o envelhecimento precoce e uniformiza o tom da pele;
- Ácido mandélico: tem ação antioxidante e propriedades clareadoras.
Como evitar o efeito rebote?
Para minimizar o risco do efeito rebote, é importante adotar uma abordagem equilibrada e cuidadosa em relação ao skincare e estilo de vida:
- Consulte um dermatologista para o cuidado necessário do seu tipo de pele e condições de tratamento;
- Use somente produtos adequados ao seu tipo de pele;
- Evite produtos com ingredientes comedogênicos ou irritantes, como álcool, fragrâncias artificiais, parabenos e sulfatos;
- Proteja a pele do sol regularmente, mesmo em dias nublados, com protetor solar de FPS 30 ou superior;
- Use os produtos seguindo rigorosamente as indicações de um dermatologista e/ou do rótulo do produto;
- Mantenha a pele hidratada com um produto adequado para o seu tipo de pele;
- Evite dietas extremas ou mudanças abruptas na alimentação;
- Durma de 7 a 8 horas por noite para que a pele se regenere e se mantenha saudável;
- Gerencie o estresse com meditação, exercícios de respiração e atividades relaxantes.
Em todo caso, observe a sua pele e fique atento a qualquer sinal de aumento da oleosidade, irritação, vermelhidão, descamação ou desconforto, interrompendo os produtos utilizados quando necessário.
Como tratar o efeito rebote?
O tratamento do efeito rebote na pele depende da causa e da gravidade dos sintomas, detalhes a serem avaliados por um dermatologista, que indicará a melhor terapia para o seu caso em específico.
Entre as abordagens mais utilizadas de tratamento estão o uso de produtos com ingredientes calmantes e anti-inflamatórios, como aloe vera, camomila ou aveia coloidal, que ajudam a acalmar e aliviar a irritação da pele; o uso de medicamentos como corticoides tópicos ou anti-histamínicos, que reduzem a inflamação e o desconforto; e o uso de proteção solar, que evita o agravamento do efeito rebote.
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