Dermatite atópica: quais são os sintomas, causas e tratamentos

Familiarmente conhecida como eczema, a dermatite atópica é uma condição de pele que pode afetar pessoas de todas as idades, sendo em média 25% das crianças e 7% dos adultos no Brasil, sendo que 5% das crianças apresentam a forma mais grave da doença. 

Embora possa acompanhar o paciente durante toda a vida, a dermatite atópica possui diversos métodos de tratamento e prevenção de piora, os quais veremos a seguir. 

O que é dermatite atópica? 

Também conhecida como eczema, a dermatite atópica é uma condição crônica da pele que se manifesta como uma erupção cutânea vermelha e escamosa, geralmente em áreas do corpo como o rosto, cotovelos e joelhos. 

Dermatite atópica crônica 

Com início habitual durante a infância, toda dermatite atópica é crônica, por ser uma condição de longo prazo que muitas vezes requer cuidados contínuos e gerenciamento dos sintomas ao longo da vida do paciente, embora possa haver períodos de remissão, nos quais os sintomas diminuem ou desaparecem. 

Quais são os sintomas da dermatite atópica? 

A dermatite atópica pode apresentar uma variedade de sintomas que acontecem de forma cíclica, ou seja, com períodos de melhora e piora, podendo variar em intensidade de uma pessoa para outra, sendo os sinais mais comuns:

• Pele seca e áspera ao toque, devido à disfunção da barreira cutânea, que resulta na perda de umidade da pele;

• Descamação, formando pequenas escamas ou flocos, devido à pele seca e à incapacidade da pele de reter adequadamente a umidade; 

• Manchas vermelhas, que podem ser secas, escamosas e ásperas, devido à inflamação da pele como resposta à irritação e à atividade imunológica anormal; 

• Alterações na cor da pele, podendo ficar mais clara ou mais escura do que a pele circundante, devido à inflamação e à hiperpigmentação; 

• Coceira intensa, levando à irritação e desconforto; 

• Sensibilidade e maior propensão a irritação, especialmente quando em contato com substâncias irritantes; 

• Infecções bacterianas ou fúngicas secundárias, devido aos arranhões da coceira intensa; 

• Lesões na pele, em casos mais graves, com crostas contendo vazamento de fluidos, ou espessas e doloridas, devido ao atrito e coceira repetitiva. 

O que causa a dermatite atópica? 

Embora a causa da dermatite atópica não seja totalmente compreendida, geralmente a condição ocorre por uma combinação de fatores, sendo eles:

1. Histórico familiar de dermatite atópica, asma ou febre do feno;

2. Comprometimento da barreira cutânea, a camada externa da pele, tornando a pele mais suscetível a substâncias irritantes e alérgenos, bem como a infecções;

3. Resposta imunológica anormal, com produção aumentada de citocinas inflamatórias e uma resposta aumentada a alérgenos ambientais;

4. Exposição a temperaturas extremas e umidade baixa;

5. Exposição a substâncias alérgenas, como pólen, ácaros, pelos de animais, mofo, irritantes químicos presentes em produtos de higiene pessoal e de limpeza;

6. Situações de estresse emocional.

Como a dermatite atópica é diagnosticada? 

Com base em uma combinação de exame clínico da pele afetada, histórico médico familiar e, em alguns casos, testes adicionais, como exames de sangue ou testes cutâneos alérgicos, a dermatite atópica somente pode ser diagnosticada por um médico dermatologista. 

Dermatite atópica nas mãos 

A dermatite atópica nas mãos apresenta algumas diferenças em comparação com essa condição em outras partes do corpo. 

A localização é a principal delas, já que a dermatite atópica nas mãos se manifesta, na maioria das vezes, nas palmas das mãos e nas laterais dos dedos, e como as mãos estão em contato frequente com objetos e superfícies, pode aumentar a exposição a alérgenos e irritantes, potencializando o risco de introdução de bactérias e outros microrganismos na pele danificada pela dermatite. 

Além disso, o tratamento da dermatite atópica nas mãos pode envolver o uso de luvas de proteção, além de cremes ou pomadas específicas para essa área do corpo, devido à necessidade de proteger a pele e minimizar a exposição a irritantes. 

Dermatite atópica no pescoço 

Assim como a dermatite atópica nas mãos, a dermatite atópica no pescoço possui diferenças em localização e propensão a irritações. 

A dermatite atópica no pescoço se estende para outras áreas próximas, como a parte de trás das orelhas, a linha do cabelo ou a região superior do peito, áreas mais sujeitas a diferentes condições ambientais e irritantes, como suor, produtos de cuidados pessoais e perfumes.  

Além disso, como o pescoço é uma área de movimento frequente, a dermatite atópica nessa região pode ser mais propensa a rachaduras e fissuras. 

O que piora a dermatite atópica? 

Os fatores que podem piorar a dermatite atópica, desencadeando surtos ou exacerbando os sintomas existentes, incluem: 

• Exposição a produtos de limpeza, detergentes, solventes e produtos químicos domésticos;

• Exposição a alérgenos comuns, como pólen, ácaros, pelos de animais e mofo; 

• Certos alimentos, como leite, ovos, trigo, soja, frutos-do-mar e nozes; 

• Uso de roupas ásperas ou apertadas; 

• Condições ambientais, como baixa umidade do ar, temperatura altas ou muito baixas, e mudanças climáticas; 

• Suor, especialmente em áreas de dobra da pele, como axilas, virilha e pescoço; 

• Estresse emocional; 

• Exposição ao fumo do cigarro, seja ativamente fumando ou sendo exposto ao fumo passivo; 

• Flutuações hormonais, como aquelas associadas à puberdade, gravidez ou ciclo menstrual; 

• Infecções virais, bacterianas ou fúngicas. 

Dermatite atópica é contagiosa? 

A dermatite atópica é uma condição de pele crônica não infecciosa, o que significa que não pode ser transmitida de uma pessoa para outra pelo contato físico direto ou pelo compartilhamento de objetos pessoais. 

Reação alérgica na pele 

Embora a dermatite atópica possa compartilhar algumas semelhanças aos de uma alergia em termos de sintomas cutâneos, são duas condições distintas, sendo a dermatite atópica uma condição crônica desencadeada por diversos fatores, incluindo substâncias alérgenas, e a alergia uma resposta do sistema imunológico a substâncias específicas, como pólen, ácaros, alimentos, entre outros. 

Tratamento dermatite atópica 

Para controlar os sintomas, reduzir a inflamação da pele, aliviar a coceira, prevenir surtos e melhorar a qualidade de vida do paciente, é imprescindível a avaliação individual e orientação médica. 

Dermatologistas utilizam uma abordagem multifacetada de tratamento para a dermatite atópica, sendo os métodos mais comuns: 

Creme para dermatite atópica 

Medicamentos tópicos, como corticosteroides, que reduzem a inflamação e a coceira durante os surtos; calcineurina inibidores, que reduzem a inflamação e a coceira em áreas sensíveis da pele, como o rosto e as dobras corporais; e inibidores da fosfodiesterase-4 (PDE4), que reduzem a inflamação. 

Remédio para dermatite atópica 

Medicamentos sistêmicos, como corticosteroides orais, para controlar a inflamação em casos de dermatite atópica grave ou que não respondem aos tratamentos tópicos; e ciclosporina ou azatioprina, que podem ser prescritos em casos graves e resistentes ao tratamento para suprimir a resposta imunológica hiperativa associada à dermatite atópica. 

Terapia para dermatite atópica 

Terapias adicionais, como terapia de luz ultravioleta (fototerapia), que reduz a inflamação e a coceira; e a terapia de molhamento (wet wrap), que envolve as áreas afetadas com compressas úmidas após a aplicação de medicamentos tópicos para reter a umidade e melhorar a eficácia do tratamento. 

Além disso, durante a combinação de métodos de tratamento, é imprescindível hidratar regularmente a pele com produtos específicos para pele sensível, evitando banhos muito quentes e longos. 

Como o protetor solar pode ajudar na dermatite atópica? 

Benéfico a todos os tipos e condições de pele, o uso do protetor solar possui grande importância em pessoas com dermatite atópica, devido a proteger a pele dos raios ultravioleta (UV) prejudiciais do sol, reduzindo o risco de queimaduras solares sobre a pele sensibilizada; e prevenindo o agravamento da condição, já que a exposição prolongada ao sol pode desencadear ou piorar os sintomas. 

Mas atenção na escolha do produto, pois para ser eficaz à pele com dermatite atópica, a formulação deve ser ideal para peles sensíveis, como é o caso do protetor solar que contenha filtros minerais.

O Protetor Solar Mineral Fluido Ollie foi desenvolvido para peles sensíveis, como as com dermatite atópica, e sensibilizadas, como as que passaram por procedimentos estéticos. Ele possui FPS 50, FPUVA 16, tem filtros 100% minerais, textura fluida que não pesa na pele, é hipoalergênico, livre de fragrâncias e parabenos.

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Como prevenir a dermatite atópica? 

Sabendo que a origem da dermatite atópica tem grande influência genética, prevenir a condição é desafiador. No entanto, existem algumas medidas que podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver surtos ou agravamento dos sintomas, como: 

• Evitar banhos muito quentes e prolongados;

• Usar produtos suaves, sem fragrâncias ou ingredientes irritantes;

• Manter a pele bem hidratada com o uso regular de cremes hidratantes;

• Optar por roupas feitas de tecidos macios e respiráveis, como algodão, evitando tecidos ásperos e sintéticos; 

• Manter uma dieta equilibrada e saudável, rica em nutrientes, para fortalecer o sistema imunológico; 

• Manter um nível adequado de umidade no ambiente residencial, especialmente durante os meses mais secos; 

• Manter o ambiente residencial limpo e livre de poeira em casa, evitando o acúmulo de poeira e mofo; 

• Praticar técnicas de relaxamento, como meditação, yoga ou exercícios de respiração, para reduzir o estresse; 

• Fazer acompanhamento dermatológico com um médico. 

 

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