Espinha interna: saiba tudo sobre essa lesão cutânea

Espinha interna: saiba tudo sobre essa lesão cutânea

Saiba o que é espinha interna, como a diferenciar dos demais tipos de acne, entendendo suas causas e formas de prevenção e tratamento.

Conhecidas por gerarem incômodos na aparência e sensibilidade, as espinhas internas, assim como outros tipos de acne, atingem boa parte da população, principalmente devido à falta de conhecimento dos fatores que contribuem com o aparecimento dessa condição. 

Por isso, separamos um conteúdo completo pra você entender como manter a saúde da sua pele. 

O que é espinha? 

A espinha é uma das lesões associadas à acne, que é uma doença de pele causada pela inflamação dos poros e folículos pilosos, devido à obstrução por sebo, células mortas e possíveis bactérias. 

Quais os tipos de espinhas? 

Existem diferentes tipos de espinhas, classificados de acordo com a sua aparência e gravidade, sendo: 

Pápulas 

  • Pequenas elevações, com menos de 1 cm de diâmetro; 
  • Coloração rosada, arroxeada e acastanhada; 
  • Bem delimitadas; 
  • Sem pus visível. 

Pústulas 

  • Pequenas elevações, com menos de 1 cm de diâmetro; 
  • Coloração avermelhada ao redor e abaixo da pústula; 
  • Podem apresentar dor e coceira; 
  • Contém pus em seu interior; 
  • Podem romper com atrito ou pressão, liberando o pus e, por vezes, sangue. 

Nódulos 

  • Podem ser grandes, com mais de 1 cm de diâmetro; 
  • Podem apresentar inchaço significativo; 
  • Sem pus visível. 

Cistos 

  • Maiores e mais dolorosas do que outros tipos de espinhas; 
  • Podem ter a cor da pele, esbranquiçados, amarelados ou avermelhados; 
  • Podem conter uma quantidade significativa de pus. 

O que é espinha interna? 

Também conhecida como acne nódulo-cística, a espinha interna se desenvolve abaixo da superfície da pele, muitas vezes perto das glândulas sebáceas, e se manifesta como um nódulo, que é uma lesão mais profunda, podendo evoluir para um cisto, que é uma lesão ainda mais profunda e dolorosa que contém uma quantidade significativa de pus. 

Como é uma espinha interna? 

As espinhas internas têm características específicas que as diferenciam de outras formas de acne, sendo: 

  1. Localização: frequentemente encontradas em áreas onde há maior produção de óleo, como o rosto, peito, costas e ombros.
  1. Profundidade: se formam mais profundamente na pele, abaixo da superfície.
  1. Tamanho: costumam ser grandes e volumosas.
  1. Inflamação: apresentam uma resposta inflamatória mais intensa, resultando em vermelhidão e inchaço significativos na área afetada.
  1. Dor: são dolorosas ao toque, causando desconforto devido à inflamação e à pressão exercida nos tecidos circundantes.
  1. Pus: por não terem abertura superficial, não há visibilidade do pus, sendo esse encapsulado mais profundamente.
  1. Desenvolvimento: se formam gradualmente ao longo do tempo.
  1. Potencial para cicatrizes: devido à profundidade e intensidade inflamatória, têm maior potencial para causar cicatrizes na pele se não forem tratadas adequadamente.

Quais são os sintomas da espinha interna? 

Devido à profundidade e intensidade inflamatória, as espinhas internas podem gerar sintomas desagradáveis, como percepção de caroço interno sob a pele, dor ou desconforto no local afetado, vermelhidão e inchaço. 

O que causa espinha interna? 

O aparecimento de espinhas internas, assim como de outras formas de acne, é influenciado por diversos fatores que contribuem com o aumento inadequado de sebo, levando à obstrução dos poros e acúmulo de bactérias. 

As causas mais comuns incluem: 

  • Desequilíbrio hormonal, como os que ocorrem durante a adolescência, a menstruação, a gravidez e condições como a síndrome dos ovários policísticos (SOP); 
  • Ambientes propensos à oleosidade, como locais com clima quente e úmido; 
  • Predisposição genética; 
  • Estilo de vida inadequado, como má alimentação, consumo de tabaco e álcool, e estresse; 
  • Falta de limpeza de pele; 
  • Uso de produtos oleosos ou inadequados para o tipo de pele; 
  • Uso de certos medicamentos. 

Como ocorre a formação de espinha interna? 

A formação de espinhas internas é geralmente um processo multifatorial. 

O processo inicia na produção de óleo (sebo), que ocorre por meio das glândulas sebáceas para manter a pele hidratada, que com a influência dos fatores mencionados acima, podem produzir o sebo em excesso. 

Essa produção de sebo inadequada contribui com a proliferação das bactérias e células mortas. Juntos, obstruem os poros, desencadeando uma resposta inflamatória do sistema imunológico, que dá origem às espinhas. 

Dependendo da intensidade da inflamação, as espinhas podem assumir diferentes formas. Se a inflamação ocorrer mais superficialmente, pode resultar em pápulas ou pústulas. Já se a inflamação ocorrer mais profundamente na pele, pode resultar em acne nódulo-cística, conhecida por espinha interna. 

Espinha interna pode inflamar? 

Em geral, todas as espinhas internas são consideradas inflamadas por serem resultantes de um processo inflamatório de obstrução dos poros. 

Como desinchar espinha interna? 

O inchaço e o desconforto fazem parte dos sintomas da espinha interna. No entanto, é possível aliviar por meio de algumas práticas, desde que sempre recomendadas por um dermatologista, que avaliará individualmente o caso para evitar lesionar ainda mais a região: 

  • Lave a região afetada 2 vezes ao dia com água fria e sabonete neutro; 
  • Faça compressas de 5 a 10 minutos sobre a área afetada, envolvendo um cubo de gelo em um pano fino; 
  • Use máscara de argila verde ou argila de caulim, específicas para acalmar e reequilibrar peles oleosas e acneicas. 

Como secar espinha interna? 

O processo de secagem da espinha interna consiste em aliviar o inchaço e desconforto, já que a lesão somente será curada com tratamentos específicos e adequados ao seu tipo de pele, sempre recomendados por um dermatologista. 

Como tirar espinha interna? 

Tirar ou espremer uma espinha interna não é recomendado, pois isso pode aumentar a inflamação, tornando-a mais dolorosa e prolongando o tempo de cicatrização, introduzir bactérias adicionais na área, aumentando o risco de infecção e resultar em cicatrizes. 

Em caso de incômodo profundo, é sempre indicado os passos para aliviar os sintomas, como os fornecidos acima, incluindo uma consulta ao dermatologista para avaliação e orientação individual. 

Como tratar espinha interna? 

Diferentemente das espinhas externas, as espinhas internas possuem tratamentos mais demorados, que exigem maior cuidado para redução da inflamação e prevenção de complicações. 

As recomendações dermatológicas geralmente incluem: 

  • Evitar espremer ou cutucar a lesão; 
  • Fazer compressas de gelo ou água fria por 10 a 15 minutos; 
  • Lavar suavemente a área afetada com um limpador suave duas vezes ao dia; 
  • Usar contraceptivos orais, em caso de acne hormonal em mulheres. 

Além disso, em casos mais graves, dermatologistas podem prescrever medicamentos como antibióticos ou retinoides orais, corticosteroides tópicos, e até mesmo procedimentos com injeções de corticosteroides, drenagem de cistos ou laser. 

Como saber se uma espinha interna está cicatrizando? 

Para saber se uma espinha interna está cicatrizando, é importante observar sinais como a redução do inchaço e vermelhidão, a diminuição da sensação de dor ou desconforto ao toque, a redução do tamanho da lesão, e a ausência de novas espinhas na mesma área. 

Na persistência dos sintomas, sem melhorias ao longo do tempo, deve-se procurar um dermatologista. 

Espinha interna pode causar manchas? 

Apesar da acne nódulo-cística ocorrer na camada interna da pele, ela pode causar manchas. 

Isso porque a lesão danifica a membrana que separa a primeira e segunda camada da pele, onde se encontram as células de melanina, o que pode resultar em manchas escuras, conhecidas como hipercromia pós-inflamatória. 

Além disso, alguns fatores podem contribuir com o surgimento de manchas, como a predisposição genética, o tipo de pele, e a manipulação inadequada da lesão. 

Como evitar que a espinha interna cause manchas? 

Para evitar manchas decorrentes de espinhas internas, além de aderir às práticas de redução dos sintomas da lesão, como não espremer ou cutucar e limpar adequadamente a pele, é essencial evitar a exposição prolongada ao sol, especialmente durante as horas de pico, entre as 10h e 16h, usando protetor solar com alto FPS diariamente, mesmo em dias nublados.  

Caso recomendado pelo dermatologista, as manchas também podem ser minimizadas com produtos que contenham ingredientes clareadores, como ácido kójico, ácido glicólico, vitamina C ou niacinamida, muitos já inclusos em protetores solares, como o Protetor Solar com cor da Ollie, que possui FPS 95, FPUVA 40, ácido hialurônico, vitamina C, vitamina E e poder de uniformização. 

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Como prevenir espinha interna? 

A prevenção de espinhas internas envolve a adoção de práticas de cuidados com a pele e hábitos de vida que ajudam a reduzir a obstrução dos poros e controlar a produção de sebo.  

São elas: 

  • Limpar regularmente a pele; 
  • Manter a pele hidratada; 
  • Usar protetor solar diariamente; 
  • Evitar produtos com ingredientes abrasivos que podem irritar a pele; 
  • Antes de dormir, retirar completamente os produtos aplicados em pele no decorrer do dia; 
  • Alimentar-se adequadamente com uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras; 
  • Praticar técnicas de gerenciamento do estresse, como exercícios, meditação ou ioga. 

Lembrando que uma das práticas mais aconselhadas é a consulta regular com um dermatologista para acompanhamento individual e prevenção de lesões cutâneas. 

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