Melanoma: o que é, sintomas, causas, tratamentos e prevenção
Entenda tudo sobre um dos cânceres de pele.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), apesar de menos frequente dentre todos os cânceres da pele, o melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade no Brasil.
Embora esse dado pareça assustador, essa é uma doença com chances de cura de mais de 90%, quando há detecção precoce.
Exatamente por isso, separamos um conteúdo completo com todas as informações sobre esse tipo de câncer de pele, para que tenha o entendimento dos melhores tratamentos e formas de prevenção.
O que é melanoma?
Considerado o tipo mais agressivo de câncer de pele, devido à sua alta possibilidade de disseminação para outros órgãos, o melanoma se origina nos melanócitos, células produtoras de melanina, o pigmento que dá cor à pele, que em crescimento desordenado, leva à formação de tumores.
Partes do corpo em que o melanoma pode surgir
O melanoma pode surgir em qualquer parte do corpo. As mais comuns são áreas de grande exposição ao sol, como costas, pernas, braços, rosto e pescoço. No entanto, pode se desenvolver também no olho e mucosas (boca, genitais e ânus).
Tipos de melanoma e suas características
O melanoma possui alguns tipos, classificados de acordo com suas características patológicas, sendo os principais:
Melanoma superficial extensivo (MSE):
representa cerca de 70% dos casos, e geralmente se desenvolve nas camadas superficiais da pele, em áreas expostas ao sol, começando como uma mancha plana e irregular, que pode apresentar várias cores, incluindo tons de preto, marrom, vermelho e rosa;
Melanoma nodular:
com maior potencial de se espalhar rapidamente para outras partes do corpo, representa cerca de 15% dos casos, e geralmente se desenvolve como um nódulo ou elevação na pele, que pode ter uma cor variável, incluindo preto, marrom ou vermelho;
Melanoma lentigo maligno:
comum em pessoas acima de 60 anos, se desenvolve em áreas expostas ao sol, como o rosto, as orelhas e os braços, apresentando-se como uma mancha plana, irregular e de cor variável;
Melanoma acral:
menos comum, se desenvolve nas palmas das mãos, solas dos pés ou sob as unhas, como uma mancha irregular escura ou nódulo.
De forma geral, o melanoma apresenta forma assimétrica, com bordas irregulares, variação de cores e tamanho que pode estar acima de 6 mm de diâmetro, com evolução nesses aspectos.
Estágios do melanoma
Mensurados pelo sistema TNM, sendo T o tamanho do tumor primário; N o fator que indica se o melanoma se espalhou para os gânglios linfáticos, parte do sistema imunológico; e M se há a presença ou a ausência de metástases em órgãos distantes do local primário, como em pulmões, fígado e cérebro; o melanoma é dividido em estágios:
Estágio 0-
Lesão restrita à camada mais superficial da pele;
-
Possui aparência de mancha ou pinta.
-
Lesão que invadiu a camada mais profunda da pele;
-
Pode ter aparência de mancha ou pinta, com bordas irregulares e variação de cor.
-
Lesão que invadiu a camada mais profunda da pele;
-
Pode ter mais de 6 mm de diâmetro e aparência de mancha ou pinta, com bordas irregulares e variação de cor.
-
Lesão que já se espalhou para os gânglios linfáticos próximos ou para outras áreas próximas à lesão original;
-
Pode ter mais de 6 mm de diâmetro e aparência de mancha ou pinta, com bordas irregulares e variação de cor.
-
Lesão que já se espalhou para outras partes do corpo, como pulmões, fígado ou cérebro;
-
Pode ter mais de 6 mm de diâmetro, aparência de mancha ou pinta, com bordas irregulares e variação de cor;
-
Pode haver sintomas como dor, falta de ar, fraqueza e perda de peso.
Método ABCDE para identificação do melanoma
Enquanto o sistema TNM é utilizado para mensurar em qual estágio está o melanoma, o método ABCDE, promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), auxilia a identificar sinais de alerta em pintas e manchas na pele.
Cada letra do método corresponde a uma característica, sendo:
A a Assimetria,
o que significa que, ao dividir a pinta ou mancha em duas metades iguais com uma linha imaginária, se houver diferenças significativas entre elas, pode ser um sinal de alerta;
B de Bordas,
já uma pinta suspeita contém irregularidades e má definição;
C de Cor,
visto que uma característica preocupante é quando a pinta tem várias cores ou uma cor que não é uniforme em toda a área;
D de Diâmetro,
que classifica que uma pinta saudável geralmente é menor do que 6 milímetros; e
E de Evolução,
que se refere às mudanças da mancha ao longo do tempo, seja em tamanho, forma ou cor, pois a evolução poderá dizer se o quadro é preocupante ou não.
No caso do melanoma, o método ABCDE constata que:
A - a lesão possui uma metade diferente da outra;
B - as bordas são irregulares;
C - a lesão tem variação de cor;
D - a lesão pode atingir mais de 6 mm de diâmetro; e
E - a lesão muda de tamanho, forma ou cor ao longo do tempo.
Sintomas do melanoma
Os sintomas do melanoma podem variar conforme o estágio da doença.
O estágio 0 pode não apresentar sintomas.
O estágio I, devido às mudanças da lesão, pode causar coceira, sangramento ou crostas.
No estágio II, pode haver a presença de úlceras ou sangramento na lesão.
No estágio III, pode haver sintomas relacionados à disseminação da lesão para outros órgãos, como dor no peito ou dificuldade respiratória, se o melanoma atingir os pulmões.
Já no estágio IV, os sintomas dependem dos órgãos afetados e podem incluir dor óssea, dificuldade respiratória, tosse com sangue, icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), se o fígado estiver envolvido, além de fadiga, perda de peso e febre.
Fatores de risco do melanoma
As causas do melanoma podem ser diversas, sendo as principais:
- exposição prolongada e repetida aos raios ultravioletas (UV) do sol;
- exposição às lâmpadas de bronzeamento artificial;
- predisposição genética com mutações hereditárias, incluindo histórico familiar com melanoma;
- pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros; muitas sardas ou pintas (nevos), especialmente se algumas possuírem características suspeitas;
- sistema imunológico enfraquecido; e
- idade avançada.
Diagnóstico do melanoma
Feito por um dermatologista ou oncologista, o diagnóstico do melanoma envolve uma série de etapas e procedimentos para avaliar a lesão e determinar se é maligna.
Esse processo envolve a análise clínica, um exame físico minucioso da pele, com coleta de informações detalhadas sobre a história médica e os fatores de risco do paciente; a dermatoscopia, que ajuda a identificar estruturas da pele que não são visíveis a olho nu; e a biópsia, amostra da lesão para análise em laboratório.
No caso de diagnóstico confirmado, exames de imagem entre outros identificarão o estágio do melanoma, para tratamento adequado.
Tratamentos para melanoma
Há diferentes tratamentos para o melanoma, que dependem do estágio da doença, da localização do tumor, da saúde geral do paciente e de outros fatores individuais. Entre os principais estão:
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Cirurgia, que pode incluir a excisão ampla para remoção do melanoma e de uma margem de tecido saudável ao redor; a linfadenectomia, que remove os gânglios linfáticos próximos ao local do melanoma, se eles estiverem afetados; e a ressecção de metástases, para remoção dessas metástases, caso o melanoma tenha se espalhado para outras partes do corpo;
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Radioterapia, frequentemente usada para tratar o melanoma em estágios avançados ou quando a cirurgia não é uma opção, para destruição das células cancerosas, podendo ser usada em combinação com outros tratamentos;
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Quimioterapia, geralmente utilizada em casos avançados de melanoma ou quando outras terapias não são eficazes, que utiliza medicamentos para destruir células em rápido crescimento, incluindo as células cancerígenas;
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Imunoterapia, utilizada em diferentes estágios da doença, feita com medicamentos que ativam o sistema imunológico para combater as células cancerosas;
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Terapia-alvo, utilizada por meio de medicamentos direcionados que visam as mutações específicas nas células cancerosas para interromper seu crescimento;
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Terapia segmentar, como a eletroquimioterapia ou a terapia fotodinâmica, que envolvem a aplicação de agentes quimioterápicos ou compostos fotossensíveis diretamente nas lesões cutâneas.
Melanoma tem cura?
Especialmente quando diagnosticado e tratado precocemente, o melanoma tem cura. No entanto, a eficácia do tratamento pode variar dependendo de vários fatores, incluindo o estágio da doença, visto que os estágios 0, I e II têm taxas de cura muito altas com tratamento adequado, diferentemente dos estágios III e IV, em que as chances de cura diminuem; a resposta individual ao tratamento; e a saúde geral do paciente, considerando idade e outras doenças.
Como prevenir o melanoma?
Para prevenção do melanoma, são necessários alguns cuidados, como:
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Usar diariamente proteção solar com amplo espectro e FPS acima de 30, como são os produtos Ollie, que protegem contra os raios UVA e UVB, reaplicando conforme indicado em embalagens e lembrando de passar em todas as áreas, inclusive nos lábios e mãos. Para proteger as mãos conte com o Creme Hidratante para Mãos. Ele tem FPS 60 FPUVA 22, ativos que clareiam a pele como niacinamida, e hidratantes, como a manteiga de karité. Saiba mais sobre clicando aqui.
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Evitar a exposição ao sol nos horários de pico, entre 10h e 16h;
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Usar roupas e acessórios de proteção solar, como chapéus e óculos escuros;
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Evitar a exposição à radiação UV de lâmpadas de bronzeamento;
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Fazer o autoexame da pele regularmente, utilizando o método ABCDE para identificar qualquer lesão suspeita;
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Manter-se hidratado.
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Imagem principal retirada do site Dr. Consulta