Onda de calor: efeitos na nossa saúde e como se proteger

Cada vez mais frequente no Brasil e no mundo, as ondas de calor podem impactar a saúde, com consequências como insolação, desidratação e exacerbação de condições crônicas; o meio ambiente, causando secas, incêndios florestais e danos à agricultura; e danos à infraestrutura, como em redes elétricas, resultando em apagões. 

Por isso, nesse conteúdo, você entenderá como proteger a sua pele e prevenir que esse fenômeno climático cause danos. 

O que é onda de calor? 

Onda de calor é um fenômeno climático de alta pressão atmosférica, que aprisiona e bloqueia a movimentação do ar quente, mantendo a região sob excesso de calor e baixa umidade, significativamente superiores à média histórica local, por pelo menos três dias consecutivos, o que impede a chegada de frentes frias e chuvas, causando uma série de impactos na sociedade e no meio ambiente. 

O que tem causado as ondas de calor? 

As ondas de calor podem ser causadas por uma combinação de fatores, como o aquecimento global, impulsionado pelo aumento das emissões de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono (CO₂) e metano (CH₄); fenômenos naturais, como o El Niño, que podem alterar a circulação atmosférica e os padrões climáticos globais; urbanização, com predominância de superfícies de concreto e asfalto; e regiões continentais, longe da influência moderadora dos oceanos. 

No Brasil, a combinação de clima tropical, desmatamento e urbanização são os principais contribuintes para as ondas de calor no país. 

Efeitos do calor no corpo humano 

As ondas de calor podem afetar a saúde do corpo humano com exaustão seguida por fraqueza muscular, tonturas, náuseas e vômitos; estresse térmico, com aumento da frequência cardíaca e pressão arterial;  irritação nas vias respiratórias; espasmos nos músculos abdominais, braços ou pernas; e dilatação dos vasos sanguíneos e retenção de líquidos. 

Como a onda de calor pode afetar a saúde da pele? 

Especialmente quando não utilizada a proteção solar e hidratação adequada, as ondas de calor podem ter um impacto significativo na saúde da pele, causando: 

Desidratação cutânea 

Resulta em ressecamento, sensação de repuxamento, descamação e perda de elasticidade, principalmente em pele seca. 

Aumento da produção de oleosidade 

Principalmente em pele mista e oleosa, com surtos de acne. 

Erupções cutâneas 

Como pequenas bolhas vermelhas, prurido e irritação, geralmente nas dobras da pele e áreas onde a roupa causa atrito. 

Queimaduras solares 

Com dor, vermelhidão, dor, inchaço, bolhas e, em casos graves, descamação da pele. 

Envelhecimento precoce 

Que resulta em rugas, linhas finas, manchas e perda de elasticidade. 

Aumento do risco de câncer de pele 

Incluindo melanoma, carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. 

Agravamento de condições de pele preexistentes 

Como eczema, psoríase, rosácea, dermatite atópica e outras alergias. 

Insolação 

Como vermelhidão e sensação de calor intenso. 

Esses impactos podem ser ainda mais intensos em certos tipos de pele, como a pele seca, em que a barreira cutânea comprometida é mais suscetível a infecções e inflamações; a pele sensível, em que exposição ao calor pode exacerbar condições como eczema, rosácea e dermatite de contato; e a pele oleosa, em que a combinação de suor e excesso de óleo pode obstruir os poros, causando cravos e espinhas. 

Sintomas de insolação 

Também conhecida como golpe de calor, a insolação é uma das consequências da onda de calor e ocorre quando o corpo não consegue regular sua temperatura interna devido à exposição prolongada ao calor extremo. 

Embora a insolação afete o corpo inteiro, a pele apresenta diversos sintomas característicos, que podem variar em intensidade dependendo da gravidade da insolação, como ausência de suor; temperatura corporal elevada, que pode exceder 40 °C (104 °F); pele quente ao toque; secura e ardor cutâneo; vermelhidão, especialmente em pessoas com pele clara, devido à dilatação dos vasos sanguíneos; e, em estágios avançados, pele pálida ou azulada, especialmente nas extremidades. 

Como se proteger da onda de calor? 

Para proteger a pele, é essencial alguns cuidados com o calor, adotando medidas preventivas, como: 

• Beber bastante água ao longo do dia para evitar a desidratação; 

• Manter a pele limpa, usando produtos suaves e não irritantes para remover o suor e as impurezas que podem obstruir os poros; 

• Aplicar loções hidratantes para restaurar a umidade da pele e aliviar qualquer irritação; 

• Usar um protetor solar de amplo espectro com FPS de, no mínimo, 30, para evitar os danos dos raios UV; 

• Evitar exposição solar direta, principalmente, entre 10h e 16h, quando a radiação UV é mais forte; 

• Usar roupas leves e de algodão que permitam a respiração da pele. 

No caso de sintomas relacionados às ondas de calor, como queimaduras solares, brotoeja, desidratação e irritação, é importante consultar um dermatologista que avaliará individualmente o caso para orientação específica.  

Qual o melhor protetor solar contra os efeitos das ondas de calor? 

Uma das melhores dicas para o calor é a utilização de um protetor solar de amplo espectro contra a radiação ultravioleta UVA e UVB; com FPS 30 ou superior; resistência à água e suor; textura leve e adequada ao seu tipo de pele; formulação hipoalergênica, que reduz o risco de irritações; ingredientes hidratantes, como ácido hialurônico, glicerina e ceramidas, que ajudam a manter a umidade da pele; e ativos antioxidantes, como vitamina E e vitamina C, que ajudam a neutralizar os radicais livres, que danificam as células da pele e contribuem para o envelhecimento precoce. 

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